Antes de qualquer coisa, leia o texto de Filipenses 1.9-11.
Eis o resumo e a aplicação das verdades que encontramos neste texto.

Como aumentar o amor - Amando as pessoas da Santíssima Trindade, isto é à base da vida cristã, sem este fundamento, nada do que você fizer, terá valor algum.
Ame seu próximo de uma forma incondicional, em qualquer ambiente você pode amar principalmente seus inimigos. Jesus é o seu exemplo neste quesito amar ao próximo.

Adquira conhecimento e aprenda a discernir o mundo a sua volta - Neste contexto Paulo aponta para um conhecimento moral segundo os princípios de Deus, conhecimento que adquirimos por meio da revelação completa de Deus registrada nas escrituras, ao nos apropriarmos deste conhecimento, poderemos mudar nosso estilo de vida. Com este conhecimento de Deus e de seus princípios morais, poderemos julgar o mundo ao nosso redor e fazermos as escolhas certas que agradam a Deus e sejamos encontrados como pessoas sinceras e inculpáveis diante de uma geração má.

Aguarde, pois teu Noivo vem. - Tenha esperança o teu Noivo virá para te buscar, aguarde por ele de uma forma ansiosa, pois a qualquer momento, Ele chegará, faça desta verdade a sua bendita esperança.

Você tem dado os frutos devidos? - O que Deus espera de cada um de nós são frutos, e frutos de justiça, mas tenha sempre isto em mente, o verdadeiro fruto só é capaz de aparecer se você estiver conectado a Videira, pois o fruto verdadeiro só pode ser evidenciado se for por intermédio dele Jesus, não é por meio de sua própria força que você irá gera tais frutos, isto só é possível, por meio do Espírito Santo que se encontra em nós.

A maior de todas as suas motivações - Todas estas verdades ao serem praticadas, devem ter como maior motivação, a glória e o louvor a Deus. Para isto fomos criados, para isto fomos salvos, para isto seremos ressuscitados e para isto teremos toda uma eternidade - declara a todos a Glória de Deus.


Andrezinho Rupereta.
O que é a Igreja?

A igreja [i] é um grupo de pessoas, pessoas que um dia tiveram suas vidas transformadas ao receberem por meio de Jesus o perdão de seus pecados. A igreja não é um lugar a igreja são pessoas.

Estas pessoas em gratidão ao perdão que lhe foi concedido se reúnem em determinados locais para que juntas adorem aquele que é digno de receber todo o louvor pelo século dos séculos.

Estas pessoas que um dia tiveram seus pecados perdoados são denominadas na bíblia como A Noiva, o Corpo de Cristo, o Baluarte da Verdade (1Tm 3.15) ou a Família de Deus (Ef 3.15).

Onde houver um grupo que alegue que Jesus é o Cristo, e por Ele estas pessoas aleguem que foram perdoadas e tenham somente como regra de fé e prática aquilo que se encontra descrito na bíblia ali se encontra a Igreja de Jesus.

Os lugares não são igrejas, os lugares só servem para abrigar a Igreja. Você não leva pessoas a Igreja você faz, por meio da apresentação do evangelho, com que pecadores se tornem a Igreja. Você não vai a um templo ou a uma igreja, você é o templo – você é a Igreja.

Você se reúne com a Igreja em um determinado lugar.

A Igreja pode estar reunida em uma casa ou em outros lugares públicos como shopping, restaurante ou em sua própria propriedade em uma determinada região. Nesta região podemos ter vários grupos de pessoas que seguem uma determinada tradição cristã, que pode ser diferente de outra tradição cristã, mas isto não quer dizer que um determinado grupo seja melhor ou pior que o outro, todos estes grupos são o Corpo de Cristo ou a Igreja do Senhor Jesus. Podemos ter na mesma região grupos cristãos denominados como pentecostais, reformados, batistas entre outros.

Em uma determinada região podemos ter alguns grupos que se denominam “igreja”, mas não fazem parte da Igreja do Nosso Senhor Jesus. 

Deixe-me ilustrar:

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias não é e não faz parte da Igreja do Nosso Senhor Jesus. A igreja dos Mórmons nega a suficiência da bíblia - criando para si um livro para afirma suas crenças o Livro dos Mórmons. A Igreja Mórmon ensina que o sangue de Jesus não e suficiente para expiar todos os pecados. Há certos pecados que, segundo eles, podem ser expiados pelo sangue do próprio pecador. [ii]
Pelo fato dos mórmons não crerem somente na bíblia e afirmarem que existe a possibilidade de qualquer ser humano ser capaz de expiar alguns de seus pecados – eles negam o ato de Jesus ter morrido na cruz por TODOS OS NOSSOS PECADOS. Isto faz da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, uma falsa igreja – que não segue a tradição cristã comum, por exemplo, aquela citada no Credo dos Apóstolos. [iii]

Para você saber se um determinado grupo que diz seguir Jesus é a verdadeira Igreja de Nosso Senhor Jesus – tenha sempre este teste em mente:
·         Tal grupo tem como única regra de fé e prática a bíblia? Caso a resposta seja negativa, você não se encontra na verdadeira Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo. Qualquer grupo que tenha outro livro ou outra fonte de ensino que seja comparado ou colocado no mesmo patamar que a bíblia é um grupo de falsos cristãos.
·         Tudo que este grupo ensina ou crê tem como única fonte a bíblia? Caso a resposta seja negativa, você não se encontra na verdadeira Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo.
·         Tal grupo crê, que a sua salvação e o seu perdão, dependem exclusivamente e totalmente de Jesus, o Cristo. E que não existe nenhum outro meio pelo qual possamos ser salvos ou perdoados, e que nenhuma outra obra efetuada por qualquer ser humano é capaz de ajudar neste processo de salvação e perdão. Caso a resposta seja negativa, você não se encontra na verdadeira Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Se tal grupo sustentar estes três simples princípios,de forma positiva, você encontra-se diante da verdadeira Igreja de Nosso Senhor Jesus.
Por: Andrezinho Rupereta









[i] 1. ekklesia - formado de ek, “para fora de”, e klesis, “chamado” (kaleõ, “chamar”), era usado entre os gregos para descrever um corpo de cidadãos “reunidos” com a finalidade de discutir os assuntos do estado (At 19.39). Na Septuaginta, é usado para designar o “ajuntamento” de Israel, convocado para qualquer propósito definido, ou um “ajuntamento” considerado o representante da nação inteira. É usado para se referir a Israel (At 7.38); a uma turba revoltada (At 19.32,41). Tem duas aplicações a grupos de cristãos: (a) ao grupo inteiro dos redimidos ao longo de toda a era atual, o grupo acerca do qual Cristo disse: “([Eu] edificarei a minha) igreja” (Mt 16.18), e que mais tarde é descrito como a “igreja, que é o seu corpo” (Ef 1.22,23; 5.23), (b) no singular (por exemplo, Mt 18.17, “igreja”), refere-se a um grupo formado por crentes professos (por exemplo, At 20.28; 1 Co 1.2; G1 1.13; 1 Ts 1.1; 2 Ts 1.1; 1 Tm 3.5), e no plural, diz respeito às igrejas num distrito. Há uma exceção aparente em A t 9.31, onde, enquanto a RC traz “igrejas”, o singular (ARA) parece apontar para um distrito; mas a referência é claramente à igreja que estava em Jerusalém, da qual ela há pouco tinha sido espalhada (At 8.1). Igualmente, tem Rm 16.23, onde diz que Gaio era o anfitrião de toda a igreja”, sugere tão-somente que a “assembléia” em Corinto tinha se acostumado a se reunir em sua casa, onde também Paulo fora recebido.

[ii] Desmascarando as Seitas – Natanael Rinaldi e Paulo Romeiro – Editora CPDA.

[iii] 1º artigo (da criação) Creio em Deus Pai, todo-poderoso, Criador do céu e da terra. 2º artigo (da salvação) E em Jesus Cristo, seu Filho unigênito, nosso Senhor, o qual foi concebido pelo Espírito Santo,
nasceu da virgem Maria, padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado, desceu ao mundo dos mortos, ressuscitou no terceiro dia, subiu ao céu, e está sentado à direita de Deus Pai, todo-poderoso, de onde virá para julgar os vivos e os mortos. 3º artigo (da santificação) Creio no Espírito Santo, na santa Igreja cristã, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição do corpo e na vida eterna. Amém  - Breve Catecismo de Lutero, Igreja Evangélica de confissão Luterana no Brasil.

Você também pode encontrar uma ótima explicação do Credo dos Apóstolos feita pelo Pastor e Historiador Franklin Ferreira aqui: http://vimeo.com/52494577  


Falsas doutrinas levam uma pessoa a transgredir o maior de todos os mandamentos antes mesmo de levá-la a transgredir o segundo, e mesmo antes que qualquer ação externa seja exibida. Isto é, crer ou pensar algo falso sobre Deus, ou crer ou pensar algo diferente ou contrário ao que ele revelou, é em si mesmo pecaminoso. É uma violação do maior mandamento. Portanto, moralmente falando, crer e promover falsas doutrinas é muito pior que assassinato, adultério, roubo e coisas semelhantes. Isso é o contrário do que muitas pessoas, incluindo cristãos, parecem acreditar. 

Vincent Cheung



A heresia é um ensino, um tipo de doutrina, que é devidamente sustentado por um grupo ou partido herético, tendo como sua fonte os ensinos de um herege.



Determinado grupo/partido, desvia-se dos ensinos fundamentais, estabelecidos pela Bíblia e assegurado pela tradição cristã. 

As heresias é uma distorção parcial ou total dos ensinos revelados por Deus em suas escrituras. 

Qualquer grupo/partido que afirme ser seguidor de Jesus, o Cristo deve ter como fonte de seus ensinos as escrituras, tendo como base o fundamento dos apóstolos.

Deixe-me ilustrar:

O grupo denominado - Testemunhas de Jeová - tem entre suas crenças, um ensino herético (uma heresia) que não encontra respaldo na Bíblia nem na tradição apostólica e nega um dos ensinos fundamentais da tradição cristã. 

As Testemunhas de Jeová ensinam que Jesus não é Deus[i] e foi a primeira criatura criada por Jeová, elas afirmam que Jesus é um deus poderoso, mas não totalmente poderoso como Jeová. Para fazerem este tipo de afirmação, eles negam a tradição cristã que condenou o arianismo [ii] e criaram para si uma versão da Bíblia denominada Tradução Novo Mundo das Sagradas Escrituras [iii] onde eles alteraram os principais textos bíblicos que afirmam a divindade do Senhor Jesus e interpretam de uma forma incorreta tais textos.

No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com o Deus, e a Palavra era [um] deus. João 1.1. Tradução Novo Mundo das Escrituras Sagradas.

Um texto claro (escritura), onde o Apóstolo João, um dos doze (tradição apostólica) afirma a divindade de Jesus (Tradição da Igreja) [iv], foi totalmente adulterado pelas Testemunhas de Jeová – Eles não respeitaram o manuscrito grego onde encontramos esta afirmação, nem respeitaram o autor do texto. 

Qualquer tipo de ensino doutrinário dentro da tradição cristã, que não tenha a garantia das escrituras, caso tal ensino não encontre apoio nas escrituras deve ser desconsiderado, e não deve ser crido.

Deixe-me ilustrar:

Digamos que amanhã um grupo de cientista afirme ter encontrado a cura para AIDS. Este grupo terá que provar por meio de testes e métodos usados que tal cura existe de fato, se eles não conseguirem provar, a tal afirmação sobre a cura deve ser desconsiderada.

Assim devemos agir com qualquer um que nos traga uma nova revelação ou um novo ensino, se não tiver a sua base nas escrituras pode desconsidera-lo como uma fonte digna de confiança, não importa quem seja a pessoa ou grupo/partido que esteja fazendo a afirmação o que importa é o que a Bíblia afirma sobre tal assunto.

Por: Andrezinho rupereta


[i]
Raciocínio a base das escrituras.

[iv] Credo dos Apóstolos.



Quatro palavras do Novo Testamento que significam pregar.
O Novo Testamento descreve a pregação usando mais de sessenta maneiras diferentes, porém reserva um lugar especial para quatro palavras. Ao escrever sobre elas, usarei a sua forma verbal, mas terei em mente outras palavras da mesma família. Por exemplo, quando uso kerusso (“pregar”), também tenho em mente kerygma (“a mensagem pregada”) e keryx (“um arauto”). Portanto, consideremos estas quatro palavras e vejamos de que forma elas nos ajudam a compreender o que é pregação. Talvez alguns de nós devamos nos preparar para uma surpresa!

(1) kerusso  
 
Nenhuma outra palavra que significa pregar é mais importante do que esta. Ela sempre nos ocorre quando falamos sobre pregação. É usada mais de sessenta vezes no Novo Testamento. Significa “declarar, como o faz um arauto”. Refere-se à mensagem de um rei. Quando um soberano tinha uma mensagem para seus súditos, ele a entregava aos arautos. Estes a transmitiam às pessoas sem mudá-la ou corrigi-la. Simplesmente transmitiam a mensagem que lhes havia sido entregue. Os ouvintes sabiam que estavam recebendo uma proclamação oficial.
O Novo Testamento usa este verbo para enfatizar que o pregador não deve anunciar sua própria mensagem. Ele fala como porta-voz de Outrem. A ênfase desta palavra está na transmissão exata da mensagem. O pregador não fala com sua própria autoridade. Ele foi enviado e fala com a autoridade daquele que o enviou. Palavras da família de kerusso são usadas para descrever a pregação de Jonas (Mt 12.41), de João Batista (Mt 3.1), de nosso Senhor Jesus Cristo (“proclamar” e “apregoar” — Lc 4.18b-19) e de seus apóstolos (“pregador” — 1 Tm 2.7; 2 Tm 1.11).

(2) euangelizo

Esta é a palavra da qual obtivemos a nossa palavra “evangelizar”. O verbo grego significa “trazer boas notícias” ou “anunciar boas-novas”. Em Lucas 2.10, onde lemos que o anjo disse: “Eis aqui vos trago boa-nova...”, ele usou este verbo. Mas é importante observar que kerusso e euangelizo não significam algo totalmente diferente. Muitas pessoas abraçaram a ideia de que esses verbos falam sobre duas atividades separadas. Apegaram-se a esta ideia sem estudar as Escrituras, para saber o que elas dizem a respeito do assunto. Assim, desenvolveram pontos de vista errados quanto à pregação.
Precisamos considerar com atenção Lucas 4.18-19. Estes versículos descrevem nosso Senhor falando na sinagoga de Nazaré, a cidade da Galiléia na qual Ele fora criado. Nosso Senhor começou a sua mensagem lendo o profeta Isaías. Ele escolheu uma passagem que, centenas de anos antes, predissera o seu ministério. Não há dúvida de que sua leitura ocorreu em língua hebraica, mas Lucas narrou o acontecimento usando a língua grega.No versículo 18a, “evangelizar” é uma forma do verbo euangelizo, enquanto nos versículos 18b e 19, “proclamar e anunciar” são formas do verbo kerusso. Nosso Senhor usou ambos os verbos para descrever seu ministério. Ao fazer um, Ele fazia também o outro. “Proclamar” é “evangelizar”, que, por sua vez, é “proclamar”!
“Evangelizar” pode até ser usado em referência a algo que fazemos aos crentes! Isto pode ser visto, por exemplo, em Romanos 1.15. Depois de saudar os seus leitores, que eram crentes, no versículo 7, e de apresentar as informações dos versículos 8-14, Paulo continuou: “Quanto está em mim, estou pronto a anunciar o evangelho também a vós outros que estais em Roma”. A expressão “anunciar o evangelho” é uma tradução do verbo euangelizo. Paulo iria a Roma para evangelizar aqueles que já eram convertidos! É tempo de pensarmos novamente a respeito de como usamos nossas várias palavras que expressam a ideia de pregar.

3) martureo

Este verbo significa “dar testemunho dos fatos”. Hoje, porém, quando os crentes falam sobre testemunhar, o que eles geralmente querem dizer? Com frequência, usam esta palavra a fim de descrever aqueles momentos em que contam aos outros sua experiência pessoal com o Senhor. Na Bíblia, martureo não é usado dessa maneira, em nenhuma ocasião. Muito frequentemente, esse verbo é usado ao dar testemunho no tribunal. Em outras ocasiões, martureo é usado com o sentido de invocar a Deus (ou mesmo pedras) para testemunhar algo. Esse verbo se refere completamente à objetividade, e não à subjetividade; refere-se a contar às pessoas fatos e acontecimentos, e não os meus sentimentos ou o que aconteceu a mim.
Quem já tomou tempo para estudar a Septuaginta (a antiga tradução grega do Antigo Testamento) sabe que as afirmações do parágrafo anterior são verdadeiras. Um estudo do Novo Testamento nos leva rapidamente à mesma conclusão. No relato de João, quando a mulher samaritana usou martureo (“anunciara” — Jo 4.39), ela se referiu ao conteúdo de uma conversa. Em 1 João 1.2, quando o apóstolo empregou martureo (“damos testemunho”), ele falava do que vira e ouvira. Em Atos 26.5, quando Paulo usou martureo (“testemunhar”), ele o fez porque estava apelando a um testemunho diante de uma corte.
Mas, ao estudarmos esta palavra, existe uma passagem que é sobremodo relevante. A passagem é Lucas 24.44-48. Nestes versículos, nosso Senhor ressuscitado está dizendo aos discípulos o que deveriam fazer. Deveriam sair por todo o mundo pregando (kerusso) o arrependimento e a remissão dos pecados (v. 47 — “pregasse”) e sendo testemunhas (uma palavra da família de martureo) dos grandes fatos do evangelho, que eles mesmos presenciaram (v. 48). Aqueles que proclamam dão testemunho; e aqueles que dão testemunho proclamam. E, se olhássemos Mateus 28.20, perceberíamos que os receptores da Grande Comissão também deveriam ensinar (didasko).
A que conclusão chegamos? Aprendemos que kerusso não é algo separado de euangelizo. Também aprendemos que kerusso não é algo separado de martureo. E agora temos aprendido que kerusso e martureo não são atividades divorciadas de didasko — nossa quarta grande palavra — à qual nos volveremos em seguida.
Por favor, observe: não estou dizendo que estas palavras são intercambiáveis. Estou mostrando que, ao fazermos algumas destas coisas, fazemos também as outras — visto que pregar inclui todas elas! Este é um argumento que não podemos enfatizar demais. Adiante, ressaltaremos novamente este argumento. Por enquanto, devemos considerar nossa quarta palavra.

4) didasko

Esta palavra significa “pronunciar em termos concretos o que a mensagem significa em referência ao viver”. É um erro grave separar kerygma (uma palavra da família de kerusso) de didache (uma palavra da família de disdasko). Não são apenas os teólogos eruditos que têm procurado fazer isso, pois há inúmeros crentes, em nossas igrejas, que fazem uma clara distinção entre uma “mensagem evangelística” e uma “mensagem doutrinária”. Logo falaremos um pouco mais sobre isso.
“Pronunciar em termos concretos o que a mensagem significa em referência ao viver” não deve ser um mero acréscimo à nossa pregação; deve ser uma parte da mensagem que proclamamos. Isto pode ser comprovado ao lermos Atos dos Apóstolos. Em Atos 5.42, lemos que os apóstolos não cessavam “de ensinar e de pregar” (didasko e euangelizo) a Jesus, o Cristo. Em Atos 15.35, lemos que Paulo e Barnabé demoraram-se em Antioquia, “ensinando e pregando” (didasko e euangelizo), a palavra do Senhor. Em Atos 28.31, lemos que Paulo usou sua casa em Roma para pregar e ensinar (kerusso e didasko). Precisamos ser sensíveis ao vocabulário do relato inspirado. Quando alguém faz o que significa um desses verbos, essa pessoa está fazendo, ao mesmo tempo, o que significa algum outro deles!
Precisamos dizer mais do que isso. Se compararmos Atos 19.13 com Atos 19.8, veremos que Paulo, ao pregar (kerusso) em Éfeso, também “falava ousadamente, dissertando e persuadindo”. Desta maneira, Lucas nos mostra que, quando alguém prega (kerusso), está fazendo muito mais do que os outros três verbos expressam. Seguir esta linha de pensamento nos levaria a um estudo que vai além do escopo deste livro. Mas, antes de deixarmos Atos dos Apóstolos, devemos observar Atos 20.24-25. Nesta passagem, Paulo explicou aos presbíteros de Éfeso que dar testemunho solene do evangelho (“testemunhar” — uma palavra da família de martureo) foi algo que ocorreu enquanto ele esteve “pregando” (kerusso).

O que isto significa para nós

Estamos em perigo de dar muita atenção aos detalhes e não entender o que é realmente importante. Que argumento estamos, de fato, procurando estabelecer? É este: quando alguém prega, não importa o lugar em que esteja ou para quem está falando, está fazendo todas as quatro coisas que mencionamos. No Novo Testamento, não temos uma palavra que signifique pregar para o perdido e outra que signifique pregar para o salvo. Simplesmente não encontramos mensagens conhecidas como “mensagens doutrinárias”, enquanto outras são conhecidas como “mensagens evangelísticas”. Alguns leitores podem achar isto desagradável, mas não podemos alterar o que a Bíblia diz. A pregação, toda a pregação, envolve fazer quatro coisas de uma vez.
Se pudermos entender isso, muitas passagens das Escrituras nos atingirão de maneira diferente. Um bom exemplo é 2 Timóteo 4.1-5. Nestes versículos, Paulo escreveu suas palavras finais a alguém que, mesmo sendo jovem, já era um importante líder cristão. Paulo o instrui solenemente a pregar “a Palavra”! Nesse ponto, ele usou o verbo kerusso. Mas, por que Timóteo devia fazer isso? Por que viria o tempo em que as pessoas não suportariam a sã “doutrina” (uma palavra da família de didasko) e se cercariam de “mestres” (outra palavra da família de didasko). É óbvio que Paulo estava dizendo a Timóteo que pregar (kerusso) é a maneira de ensinar (didasko) a igreja e protegê-la do erro.
Mas isso não é tudo. Paulo exortou Timóteo a fazer o trabalho de um “evangelista” (uma palavra da família de euangelizo). É claro que Paulo queria dizer que, à medida que Timóteo pregasse (kerusso) e, consequentemente, ensinasse [didasko], deveria assegurar-se de que o verdadeiro evangelho (euangelizo) fosse mantido em primeiro plano. Assim, em um único parágrafo, vemos que três de nossas quatro palavras foram usadas para descrever a tarefa de Timóteo. Se ele era um verdadeiro pregador, não faria apenas uma dessas coisas e sim todas elas. Onde quer que encontremos a verdadeira pregação, várias coisas acontecem ao mesmo tempo.
Se não levarmos isso em conta, jamais seremos verdadeiros pregadores. Temos de nos livrar da ideia de que existem dois tipos de pregação: uma que é adequada ao não convertido e outra que é conveniente para o convertido. De agora em diante, temos de rejeitar o pensamento de que pregar para o perdido e pregar para o salvo são dois fenômenos distintos. Não devemos estabelecer uma divisão entre um tipo e outro de pregação. Toda pregação é uma proclamação da salvação (no pleno sentido desse termo) a homens e mulheres, rapazes e moças. É verdade que a audiência pode ser constituída de pessoas muito diferentes. É verdade que os não convertidos e os convertidos não têm as mesmas necessidades. Portanto, é verdade que a maneira como a Bíblia é aplicada pode variar consideravelmente. Mas não é verdade que a pregação ministrada aos não convertidos possui uma natureza diferente da pregação apresentada aos convertidos. A ideia de que há dois tipos distintos de pregação (e de que algumas pessoas são boas para um tipo de pregação; e outras pessoas são boas para outro tipo de pregação) está impedindo as pessoas de todos os lugares a entenderem o que é a verdadeira pregação.

Fonte: Livro Pregação Pura e Simples; Autor: Stuart Olyott; pg. 13-19. Editora Fiel.

Por: Andrezinho Rupereta.

O inverno as árvores e eu.

... Aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo.
Filipenses 1.6

Inverno que estação maravilhosa!

Você sabe o que eu acho lindo no inverno? Não!  As árvores.

Eu fico admirado com a sua transformação. Com a chegada do inverno, as árvores sofrem uma transformação brusca, suas folhas caem, e sua beleza se vai, ventos, temperaturas baixas e noites mais longas, parecem ser dias angustiantes para uma árvore. Sua aparência não é mais agradável, transmitindo uma idéia de que a sua vida está se extinguindo.

Mas, no inverno, que aparentemente é terrível para as árvores, algo está acontecendo, existe vida em seu interior, externamente não conseguimos perceber, mas lá dentro existe vida. Deus está trabalhando.

Com o passar dos dias, ela vai se adaptando, mesmos com um frio intenso, a vida começa a brotar e aquilo que era belo, e tornou-se horrível, novamente começa a se tornar algo singelo, e de uma beleza espetacular, a vida que estava em seu interior, começou a transformar novamente seu exterior, Deus continua trabalhando.

Assim como as árvores, existem tempos, em minha vida, que se parece com o inverno que as árvores enfrentam. Tempo em que o frio é intenso, e as noites se tornam longas, são tempos difíceis, como o das árvores, minhas folhas caem, deixando que meu interior seja visto. Não existe mais beleza, não existe mais glória, só existe a vida que Ele sustenta dentro de mim.

Ele continua agindo, Ele continua por pura graça e misericórdia, contribuindo para esta nova transformação.

O inverno pode ser longo, com temperaturas baixíssimas, porém ele é necessário, para que aja uma nova transformação, para que aja renovação, para que a vida existente em meu interior brote novamente de uma forma singela e bela.  E assim como uma árvore que no tempo correto nos prestigia com seus frutos, que eu também possa por meio DELE - gerar o fruto por Ele desejado.

Que venha o inverno, pois com ele virá um tempo de renovação.

Andrezinho rupereta.
Se você quer entender a teologia reformada logo terá que ler primeiramente João Calvino. Isso é um fato. O mesmo serve para outros grupos: Leia John Wesley para entender o metodismo. Leia Karl Barth para entender a neo-ortodoxia. Leia Tomás de Aquino para entender o catolicismo. Leia o(s) principal (is) teólogo (s) de um grupo para avaliá-lo. Assim deveria ser todo estudioso sério. Certo? Mas não para o teólogo fundamentalista John MacArthur Jr.

No livro O Caos Carismático [1] MacArthur apresenta o pentecostalismo como uma seita que nega a suficiência das Escrituras. Certamente é baseado em declarações de teólogos do movimento. Certo? Errado. Em nenhuma página do livro há um diálogo com o inglês Donald Gee, o pioneiro da teologia pentecostal. Outros teólogos importantes e formuladores do pensamento pentecostal como Myer Pearlman, Stanley M. Horton, Anthony D. Palma, Roger Stronstad, William H. Menzies sequer são mencionados em uma linha qualquer.

“É uma tremenda injustiça criticar o pentecostalismo brasileiro com base, apenas, no que vemos hoje. Para uma análise mais clara e coerente, deve-se avaliar toda a trajetória até aqui, ou seja,  seu surgimento com as Assembléias de Deus e o panorama atual incluindo  a aparição do neopentecostalismo.  Não me considero um pentecostal,  mas admito que o referido movimento deu grande contribuição para o crescimento evangélico brasileiro com a conquista da população periférica e marginalizada do nosso país, o que as igrejas tradicionais não fizeram. Como erros principais eu apontaria o legalismo provocado por uma ênfase nos usos e costumes que determinavam quem era ou não “crente de verdade” .  O outro é o forte denominacionalismo, o que não é privilégio somente dos pentecostais”.   Tiago Lino

É bem verdade que O Caos Carismático é um livro mais amistoso do que a edição mais antiga traduzida simplesmente por Os Carismáticos [2]. No segundo livro, MacArthur já usa a expressão “carismáticos radicais” parecendo indicar que ele acredita em carismáticos moderados. É evidente que há muita bizarrice no meio pentecostal, mas é necessário muito cuidado na retratação do grupo, pois ao contrário do que afirma MacArthur, no pentecostalismo clássico as manifestações bizarras são a exceção e não a regra.

Cadê os teólogos pentecostais?

O único teólogo pentecostal mencionado no livro é Gordon D. Fee, importante hermeneuta que leciona no Canadá. Isso porque Fee faz uma importante autocrítica ao pentecostalismo na sua expressão popular, e não necessariamente na teologia. Fee também tem uma visão próxima de John Stott sobre o Batismo no Espírito Santo. Fee é o teólogo pentecostal não fechado com a confissão de fé assembleiana na questão do Batismo. Só por isso mereceu uma menção honrosa no livro.

Benny Hinn não é representante da teologia pentecostal. Kenneth Erwin Hagin colocado no mesmo barco de Donald Gee é um verdadeiro crime contra a lógica e a honestidade. Imagino Orlando Boyer, pioneiro do pentecostalismo norte-americano no Brasil, vendo o crescimento das megas-igrejas com pregação de autoajuda. Boyer ficaria espantado e jamais aceitaria uma associação a esse grupo! Assim como todos os pregadores sérios do meio pentecostal.

Na década de 1990, com o crescimento da Teologia da Prosperidade no Brasil, alguns livros apologéticos surgiram para combater o Movimento da Fé. Os livros Evangelho da Nova Erade Ricardo Gondim; SuperCrentes e Evangélicos em Crise de Paulo Romeiro demarcaram as críticas contra as heresias nascentes do neopentecostalismo. Ambos os autores são de tradição carismática. Outros nomes como Ricardo Bitun, Esequias Soares, Natanael Rinaldi também se destacaram pelo combate a esses modismos. 

Detalhe: todos são pentecostais! Não é exagero afirmar que o cerne do movimento apologético da década de 1990 estava entre os estudiosos pentecostais.

Todos iguais?

O mundo pentecostal não é homogêneo. Por exemplo, qual é a imagem que você pensa de um jovem assembleiano? Talvez a figura seja a caricatural, mas jamais passaria na sua cabeça o The Jonas Brothers. Mas a banda pop boy band é formada pelos irmãos Jonas que são filhos do pastor Paul Kevin Jonas, ordenado pelas Assembleias de Deus de Wyckoff, New Jersey. A uniformidade não existe no pentecostalismo, nem nos costumes, menos ainda na sua teologia.
Você teria coragem de comparar David Wilkerson, um homem que chora quando fala das heresias propagadas pela Confissão Positiva, com o bizarro e confuso Benny Hinn? Ambos saíram das Assembleias de Deus e continuam carismáticos, mas em caminhos totalmente diferentes. Na Times Square Church, fundada por Wilkerson, jamais você verá as manifestações da Bênção de Toronto, mas na igreja independente de Benny Hinn as bizarrices já são parte da liturgia.

Os pentecostais não creem na suficiência das Escrituras?

Graças ao bom Deus que a crença na contemporaneidade dos dons espirituais não é hoje exclusividade dos pentecostais. O neocalvinismo de Mark Driscoll, por exemplo, possui os dons como parte de suas doutrinas. Como cessacionista que é, MacArthur não acredita no exercício dos dons para os nossos dias e acusa os pentecostais de desprezarem a suficiência das Sagradas Escrituras.

Será? Ora, nenhuma profecia, revelação, sonho ou qualquer manifestação carismática pode ser colocada no mesmo patamar das Escrituras. As profecias são subordinadas à Palavra de Deus. Se uma profecia tenta substituir um princípio bíblico ou mesmo acrescentar uma nova “verdade”, logo deve ser desprezada! É assim que os pentecostais creem. É assim que aprendi lendo pentecostais. É assim que aprendi com Donald Stamps que comentando 1 Co 14.31 escreveu:

A profecia do tipo descrito nos capítulos 12 e 14, porém, não tem inerente em si a mesma autoridade ou infalibilidade que a inspirada Palavra de Deus. Embora provenha do impulso do Espírito Santo, esse tipo de profecia nunca poderá ser considerada inerrante. Sua mensagem sempre estará sujeita à mistura e erros humanos. Por isso a profecia da igreja nunca poderá ser equiparada com as Sagradas Escrituras. Além disso, a profecia em nossos dias não poderá ser aceita pela igreja local até que seus membros julguem o seu conteúdo, para averiguar a sua autenticidade. A base fundamental desse julgamento é a Palavra de Deus escrita: isto é, a profecia está de conformidade com a doutrina apostólica? Toda experiência e mensagem na igreja devem passar prelo crio da Palavra de Deus escrita.[3]

Por que descrever as bobagens pregadas por Benny Hinn e esquecer esse belo tratado da suficiência das Escrituras escrita por um estudioso pentecostal? 

O pioneiro da teologia pentecostal Donald Gee escreveu:

Existem graves problemas sendo levantados pelo hábito de dar e receber “mensagens” pessoais de orientação por meio dos dons do Espírito [...] A Bíblia dá lugar para tal direção vinda do Espírito Santo [...] Tudo isso, porém, deve ser mantido na devida proporção. O exame das Escrituras mostrará que, de fato, os primeiros cristãos não recebiam continuamente tais vozes do céu. Na maioria dos casos, eles tomavam suas decisões pelo uso do que normalmente chamamos “sendo comum santificado” e viviam normalmente. Muitos de nossos erros na área dos dons espirituais surgem quando queremos que o extraordinário e o excepcional sejam transformados no frequente e no habitual. Que todos os que desenvolvem desejo excessivo pelas “mensagens” possam aprender com os enormes desastres de gerações passadas e com nossos contemporâneos [...] As Sagradas Escrituras é que são a lâmpada nossos passos e a luz que clareia o nosso caminho. [4]

A suficiência das Escrituras [5] lembra que a Bíblia contém a revelação completa de Deus para a salvação do homem. Como lido acima esse é um ponto importante para os teólogos pentecostais. A Bíblia é suficiente, mas então por que os pentecostais acreditam em profecias e revelações? Ora, porque essas mensagens não são acréscimos das Escrituras e nem a sua contradição. É necessário entender a natureza da “revelação”.

Novas revelações? Os pentecostais acreditam em um cânon aberto? Creem em novas verdades?

Quanta injustiça com o pentecostalismo! Só porque alguns tele-evangelistas famosos falam bobagens nos meios de comunicação e assim todos os pentecostais pegam a fama. O teólogo assembleiano John R. Higgins escreveu sobre revelações no pensamento pentecostal:

É importante manter juntas a Palavra escrita de Deus e a iluminação do Espírito Santo. O que o Espírito ilumina é a verdade da Palavra de Deus, e não algum conteúdo místico oculto nessa revelação. A mente humana não é deixada de lado, mas vivificada à medida que o Espírito Santo elucida a verdade. ‘A revelação é derivada da Bíblia, e não da experiência, nem do Espírito Santo como uma segunda fonte de informação paralela à Escritura e independente desta’. Nem sequer os dons de expressão vocal, dados pelo Espírito Santo, têm a mínima igualdade com as Escrituras, pois eles também devem ser julgados pelas Escrituras (1 Co 12.10; 14.29; 1 Jo 4.1). O Espírito Santos nem altera nem aumenta a verdade da revelação divina dada nas Escrituras; Estas servem como padrão objetivo necessário e exclusivo através das quais a voz do Espírito Santo continua a ser ouvida.[6]

Portanto, não deve existir uma verdade nova que já não tenha sido revelada pelas Sagradas Escrituras. Os princípios são permanentes. O que mudará é a aplicação desses valores. Portanto, os pentecostais não acreditam em Cânon aberto, logo porque é um ultraje tal ideia. Mas isso não significa que os dons estejam inoperantes, como acima explicado.

Conclusão

O livro de John MacArthur Jr. merece mais algumas análises, mas que fique claro neste post: Todo aquele que estuda o Movimento Pentecostal e a sua teologia precisa evitar generalizações e dialogar com os seus teólogos. Portanto, por favor, desligue sua TV e leia livros escritos pelos pentecas! Só assim teremos uma discussão séria!

Referências Bibliográficas:
1 MACARTHUR, John. O Caos Carismático. 1 ed. São José dos Campos: Editora Fiel, 2011.
2 __________________Os Carismáticos. 1 ed. São José dos Campos: Editora Fiel, 2002.
3 STAMPS, Donald. Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2002. p 1763.
4 GEE, Donald. Spiritual Gifts in The Work of Ministry Today. 1 ed. Springfield: Gospel Publishing House, 1963. p 51.
5 Para um estudo completo sobre a Suficiência das Escrituras recomendo: GRUDEM, Wayne. O Dom de Profecia: Do Novo Testamento aos Dias Atuais. 1 ed. São Paulo: Editora Vida, 2004, p 335-351.
6 HORTON, Stanley M. (ed). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006. p 119.
Fonte: Teologia Pentecostal

O batismo no Espirito Santo, conforme muitos pentecostais o têm definido na sua teologia sistemática, é a primeira experiência da  obra do Espírito para o revestimento de poder, que inaugura uma vida caracterizada por unções contínuas do Espírito. Não é da natureza "uma vez por todas", como a regeneração. Além disso. do Espírito no revestimento está disponível ao crente desde o momento da fé, sem ser necessária nenhuma espera e sem a condição prévia de atingir determinado patamar de santificação.
Autor: Douglas  A. Oss.

Fonte: Cessaram os dons espirituais? Editora Vida.
DOMINGO 3

6. Mas Deus criou o homem tão mau e perverso?

Resposta: Não, Deus criou o homem bom (1) e à sua imagem (2), isto é, em verdadeira justiça e santidade, para conhecer corretamente a Deus seu Criador, amá-Lo de todo o coração e viver com Ele em eterna felicidade, para louvá-Lo e glorificá-Lo (3).

1 - E Deus viu tudo o que havia feito, e tudo havia ficado muito bom. Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o sexto dia. Gênesis 1.31.

2 - Então disse Deus: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança. Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais grandes de toda a terra e sobre todos os pequenos animais que se movem rente ao chão".
Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. Gênesis 1.26-27.

3 - E todos nós, que com a face descoberta contemplamos a glória do Senhor, segundo a sua imagem estamos sendo transformados com glória cada vez maior, a qual vem do Senhor, que é o Espírito. 2 Coríntios 3.18; a revestir-se do novo homem, criado para ser semelhante a Deus em justiça e em santidade provenientes da verdade. Efésios 4.24;     e se revestiram do novo, o qual está sendo renovado em conhecimento, à imagem do seu Criador. Colossenses 3.10.

7. De onde vem, então, esta natureza corrompida do homem?

Resposta: Da queda e desobediência de nossos primeiros pais, Adão e Eva, no paraíso (1). Ali, nossa natureza tornou-se tão envenenada, que todos nós somos concebidos e nascidos em pecado (2).

1 - Ora, a serpente era o mais astuto de todos os animais selvagens que o Senhor Deus tinha feito. E ela perguntou à mulher: "Foi isto mesmo que Deus disse: ‘Não comam de nenhum fruto das árvores do jardim’? "Respondeu a mulher à serpente: "Podemos comer do fruto das árvores do jardim,mas Deus disse: ‘Não comam do fruto da árvore que está no meio do jardim, nem toquem nele; do contrário vocês morrerão’ ".Disse a serpente à mulher: "Certamente não morrerão!Deus sabe que, no dia em que dele comerem, seus olhos se abrirão, e vocês serão como Deus, conhecedores do bem e do mal".Quando a mulher viu que a árvore parecia agradável ao paladar, era atraente aos olhos e, além disso, desejável para dela se obter discernimento, tomou do seu fruto,comeu-o e o deu a seu marido, que comeu também.Os olhos dos dois se abriram, e perceberam que estavam nus; então juntaram folhas de figueira para cobrir-se.Ouvindo o homem e sua mulher os passos do Senhor Deus que andava pelo jardim quando soprava a brisa do dia, esconderam-se da presença do Senhor Deus entre as árvores do jardim.Mas o Senhor Deus chamou o homem, perguntando: "Onde está você? "
E ele respondeu: "Ouvi teus passos no jardim e fiquei com medo, porque estava nu; por isso me escondi".E Deus perguntou: "Quem lhe disse que você estava nu? Você comeu do fruto da árvore da qual lhe proibi comer? "Disse o homem: "Foi a mulher que me deste por companheira que me deu do fruto da árvore, e eu comi".O Senhor Deus perguntou então à mulher: "Que foi que você fez? " Respondeu a mulher: "A serpente me enganou, e eu comi".Então o Senhor Deus declarou à serpente: "Já que você fez isso, maldita é você entre todos os rebanhos domésticos e entre todos os animais selvagens! Sobre o seu ventre você rastejará, e pó comerá todos os dias da sua vida. Porei inimizade entre você e a mulher, entre a sua descendência e o descendente dela; este lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar". À mulher, ele declarou: "Multiplicarei grandemente o seu sofrimento na gravidez; com sofrimento você dará à luz filhos. Seu desejo será para o seu marido, e ele a dominará". E ao homem declarou: "Visto que você deu ouvidos à sua mulher e comeu do fruto da árvore da qual eu lhe ordenara que não comesse, maldita é a terra por sua causa; com sofrimento você se alimentará dela todos os dias da sua vida. Ela lhe dará espinhos e ervas daninhas, e você terá que alimentar-se das plantas do campo. Com o suor do seu rosto você comerá o seu pão, até que volte à terra, visto que dela foi tirado; porque você é pó e ao pó voltará". Adão deu à sua mulher o nome de Eva, pois ela seria mãe de toda a humanidade. O Senhor Deus fez roupas de pele e com elas vestiu Adão e sua mulher.Então disse o Senhor Deus: "Agora o homem se tornou como um de nós, conhecendo o bem e o mal. Não se deve, pois, permitir que ele também tome do fruto da árvore da vida e o coma, e viva para sempre".Por isso o Senhor Deus o mandou embora do jardim do Éden para cultivar o solo do qual fora tirado.Depois de expulsar o homem, colocou a leste do jardim do Éden querubins e uma espada flamejante que se movia, guardando o caminho para a árvore da vida. Gênesis 3:1-24; Portanto, da mesma forma como o pecado entrou no mundo por um homem, e pelo pecado a morte, assim também a morte veio a todos os homens, porque todos pecaram; Romanos 5.12; Conseqüentemente, assim como uma só transgressão resultou na condenação de todos os homens, assim também um só ato de justiça resultou na justificação que traz vida a todos os homens.
Logo, assim como por meio da desobediência de um só homem muitos foram feitos pecadores, assim também, por meio da obediência de um único homem muitos serão feitos justos. Romanos 5.18-19. 

2 - Sei que sou pecador desde que nasci, sim, desde que me concebeu minha mãe. Salmos 51.5; O que nasce da carne é carne, mas o que nasce do Espírito é espírito. João 3.6.

8. Mas nós somos tão corrompidos que não podemos fazer bem algum e que somos inclinados a todo mal?

Resposta: Somos sim (l), se não nascermos de novo pelo Espírito de Deus (2).

1 - O Senhor viu que a perversidade do homem tinha aumentado na terra e que toda a inclinação dos pensamentos do seu coração era sempre e somente para o mal. 
Gênesis 6.5; O Senhor sentiu o aroma agradável e disse a si mesmo: "Nunca mais amaldiçoarei a terra por causa do homem, pois o seu coração é inteiramente inclinado para o mal desde a infância. E nunca mais destruirei todos os seres vivos como fiz desta vez. Gênesis 8.21; Quem pode extrair algo puro da impureza? Ninguém! Jó 14.4;        "Como o homem pode ser puro? Como pode ser justo quem nasce de mulher? Pois se nem nos seus Deus confia, e se nem os céus são puros aos seus olhos, quanto menos o homem, que é impuro e corrupto, e que bebe iniqüidade como água. Jó 15.14-16; Eles concebem maldade e dão à luz a iniqüidade; seu ventre gera engano. Jó 15.35; Todos nós, tal qual ovelhas, nos desviamos, cada um de nós se voltou para o seu próprio caminho; e o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de todos nós. Isaías 53.6;         
Houve tempo em que nós também éramos insensatos e desobedientes, vivíamos enganados e escravizados por toda espécie de paixões e prazeres. Vivíamos na maldade e na inveja, sendo detestáveis e odiando-nos uns aos outros. Tito 3.3.

2 - Em resposta, Jesus declarou: "Digo-lhe a verdade: Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo". Respondeu Jesus: "Digo-lhe a verdade: Ninguém pode entrar no Reino de Deus, se não nascer da água e do Espírito. João 3.3-5; Por isso, eu lhes afirmo que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: "Jesus seja amaldiçoado"; e ninguém pode dizer: "Jesus é Senhor", a não ser pelo Espírito Santo. 1 Coríntios 12.3; Não que possamos reivindicar qualquer coisa com base em nossos próprios méritos, mas a nossa capacidade vem de Deus. 2 Coríntios 3.5.

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