Por varias vezes em determinados períodos de sua vida, uma desgraça pode aparecer, destruindo tudo aquilo que você amava ou tudo aquilo que você construiu com muito suor e sacrifício. Talvez neste momento, desesperador, você se voltará a Deus por meio de um clamor ou uma súplica, agonizante, para D’Ele obter uma resposta – “por que Deus um justo sofre tanto?

Talvez o que você receberá como resposta é – um simples silêncio – que pode lhe deixa ainda mais aterrorizado!

Talvez neste momento você não tenha uma promessa que lhe sirva ou lhe conforte. Talvez neste vale de sombra e de morte você só tenha sua fé e nada mais, talvez isto e somente isto, possa te conduzir adiante.

Sua esposa, os seus amigos ou até mesmo os seus familiares, não entendem o porquê destas calamidades e desgraças aterrorizantes. Talvez digam para você “amaldiçoar o seu Deus” ou “peçam para você verificar a existência de algum tipo de pecado em sua”. Opiniões que você sabe, não são verdadeiras.

Talvez em meio a esta agonia, Deus, não lhe de uma resposta ou muito menos lhe explique, os motivos de tais calamidades.

Diante de tais circunstancias você terá duas opções a) negue a existência de um Deus amoroso ou b) continue crendo mesmo, não sabendo os motivos, mesmo você sendo um justo e inocente.

No final a única coisa que você tem – é a fé.

A dor e o sofrimento não estão ausentes da cartilha de ensino elaborada por Deus.
Quando a desgraça chegar, e o desespero tomar conta de sua alma te levando a uma agonia terrível, a única pergunta que talvez Deus lhe faça é:

“Que resposta você me dará agora?”

Jó nos ensina que em momentos de desgraças, talvez a melhor resposta seja - ainda que meu corpo esteja sofrendo flagelos terríveis, ainda que eu não encontre consolo para as perdas que sofri – continuo crendo em Deus, isto é o que me cabe.

Os justos sofrem sim, uns de uma forma intensa e outros de uma forma moderada. A questão não é o tamanho de sua dor e sim a resposta que você dará a ela.

Medite no texto a seguir:

Todas estas pessoas confiaram em Deus e como conseqüência ganharam batalhas, destruíram reinos, governaram bem o seu próprio povo, e receberam o que Deus lhes prometera; foram preservados do mal numa cova de leões, e numa fornalha ardente. Alguns, por meio da sua fé, escaparam de morrer à espada. Alguns tornaram-se fortes novamente depois de estarem fracos ou doentes. Outros receberam grande força na batalha; fizeram exércitos inteiros recuarem e fugir. E algumas mulheres, por meio da fé, receberam de volta seus queridos já mortos. Mas outros confiaram em Deus e foram espancados até à morte, preferindo morrer em lugar de abandonarem a Deus para ficar livres - confiando que, depois disso, eles se levantariam novamente para uma vida melhor. Alguns foram escarnecidos e suas costas foram dilaceradas com chicotes, e outros foram acorrentados em masmorras. Alguns morreram apedrejados e outros serrados ao meio; a outros foi prometido e liberdade se renegassem a fé, e depois foram mortos a espada. Passaram fome, ficaram doentes e foram maltratados. Bons demais para este mundo, alguns andaram de um lado para outro em peles de ovelhas e de bodes, vagando pelos desertos e montanhas, escondendo-se em covas e cavernas. E estes homens de fé, embora tivessem confiado em Deus e recebido a sua aprovação, nenhum deles recebeu tudo quanto Deus lhes havia prometido; porque Deus queria que eles esperassem e participassem das recompensas ainda melhores que estavam preparadas para nós. Hebreus 11.35-40.

Graça e bem – por Andrezinho Rupereta.

*resumo da biografia de Jó  - ministrada ontem 10-09-12.


Sem dúvida, a arqueologia fascina. Sepulturas antigas, inscrições crípticas gravadas em pedra ou escritas em papiros, cacos de cerâmica, moedas desgastadas — são pistas tentadoras para qualquer investigador inveterado. Poucos vestígios do passado, porém, geraram mais intriga que os manuscritos do mar Morto, uma coleção de centenas de manuscritos que remontam ao período de 250 a.C. a 68 d.C, encontrados em cavernas cerca de 32 quilômetros a leste de Jerusalém, em 1947. Ao que tudo indica, foram escondidos por uma seita rigorosa de judeus, os essênios, antes que os romanos destruíssem seu povoado.

Os manuscritos dão margem a algumas alegações muito estranhas, inclusive uma, que se encontra no livro de John Marco Allegro, segundo a qual o cristianismo teria emergido de. uma seita que pregava a fertilidade e cujos adeptos alimentavam-se de um cogumelo alucinógeno![i] Em uma declaração muito polêmica, porém mais legítima, o especialista em papiros José O'Callaghan afirmou que os fragmentos do mar Morto são parte de um manuscrito mais antigo encontrado no evangelho de Marcos que data de cerca de 20 anos depois da crucificação de Jesus. Todavia, muitos estudiosos continuam a duvidar dessa interpretação.[ii]
Seja como for, nenhuma investigação arqueológica do século I que se preze poderia deixar de lado os manuscritos do mar Morto.
— Será que eles nos informam objetivamente alguma coisa sobre Jesus? — perguntei a McRay.
— Bem, não, Jesus não é mencionado especificamente em nenhum dos manuscritos — respondeu ele. — Basicamente, esses documentos nos dão alguns esclarecimentos sobre a vida e os costumes dos judeus.
Em seguida, McRay pegou alguns jornais e mostrou-me um artigo publicado em 1997.
— Muito embora — acrescentou ele — haja um desenvolvimento muito interessante em um manuscrito chamado 4Q521. Ele poderia nos dizer algo sobre quem Jesus afirmava ser. Aquilo aguçou minha curiosidade.
— Diga-me do que se trata — eu disse com um tom de urgência na voz.
McRay desvendou o mistério.
O evangelho de Mateus descreve como João Batista, quando estava preso e lutava com dúvidas sobre a identidade de Jesus que teimavam em assaltá-lo, mandou que seus seguidores fizessem a Jesus uma pergunta de monumental importância: "És tu aquele que haveria de vir ou devemos esperar algum outro?" (Mt 11.3).Ele queria saber, sem sombra de dúvida, se Jesus era mesmo o Messias tão aguardado.
Ao longo dos séculos, os cristãos sempre refletiram muito sobre a resposta enigmática que Jesus deu a essa pergunta. Em vez de dizer objetivamente sim ou não, Jesus disse: "Voltem e anunciem a João o que vocês estão ouvindo e vendo: os cegos vêem, os mancos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e as boas novas são pregadas aos pobres" (Mt 11.4,5).
A resposta de Jesus era uma alusão a Isaías 61. Mas, por alguma razão, Jesus acrescentou a frase "os mortos são ressuscitados", que claramente não faz parte do texto do Antigo Testamento.
É aí que entra o 4Q521. Esse manuscrito extrabíblico, pertencente à coleção dos manuscritos do mar Morto, escrito em hebraico, remonta a 30 anos do nascimento de Jesus. Ele contém uma versão de Isaías 61 em que consta a frase "os mortos são ressuscitados".
— Craig Evans, especialista nos manuscritos, ressaltou que essa frase do 4Q521 pertence sem dúvida nenhuma ao contexto messiânico — disse McRay.
— Ela se refere às maravilhas que o Messias fará quando vier e quando o céu e a terra lhe obedecerem. Portanto, quando Jesus respondeu a João, ele não estava sendo nem um pouco ambíguo. João teria reconhecido imediatamente suas palavras como uma afirmação objetiva de que ele era o Messias.
McRay passou-me o artigo em que as palavras de Evans eram citadas: "O 4Q521 deixa claro que a referência de Jesus a Isaías 61 é verdadeiramente messiânica. Basicamente, Jesus está dizendo a João, por meio de seus mensageiros, que coisas messiânicas estão ocorrendo. Isso, portanto, responde à pergunta de João: Sim, ele é o que haveria de vir".[iii]
Recostei-me na cadeira. Para mim, a descoberta de Evans confirmava de modo extraordinário a identidade de Jesus. Fiquei atônito ao ver como a arqueologia moderna era capaz de, finalmente, desvendar o significado de uma declaração em que Jesus afirmava ousadamente, há aproximadamente mil anos, que ele era, de fato, o Ungido de Deus.

Entrevista feita por: Lee Strobel.
Entrevistado:
John McRay, Ph.D.
Trecho da entrevista obtido do livro: em Defesa de Cristo – um jornalista e ex-ateu investiga as provas da existência de Cristo.
Editora Vida – Acadêmica.2001.




[i] WILKINS & MORELAND, Jesus underfire, p. 209.
[ii] Ibid., p. 211
[iii] Kevin D. MILLER, The war of the scrolls, Chrístianity Today, 6 Oct. 1997, p. 44, (grifo
do autor).


Muitos cristãos não sabem que há muito tempo os céticos dizem que Nazaré jamais existiu durante a época em que o Novo Testamento diz que Jesus passou a infância ali.
Em um artigo intitulado "Onde Jesus nunca esteve", o ateu Frank Zindler observa que Nazaré não é mencionada no Antigo Testamento, nem pelo apóstolo Paulo, nem pelo Talmude (embora outras 63 cidades sejam mencionadas), nem por Josefo (que cita 45 cidades e aldeias da Galiléia, inclusive Jafa, que ficava apenas a pouco mais de um quilômetro da Nazaré atual). Nenhum historiador ou geógrafo da Antigüidade menciona Nazaré antes do início do século IV.[i] O nome aparece pela primeira vez na literatura judaica em um poema escrito por volta do século VII d.C.[ii]
A falta de provas dá margem a um quadro muito suspeito. Por isso, apresentei sem rodeios o problema a McRay:
— Existe alguma confirmação arqueológica de que Nazaré tenha existido durante o século I?
Essa questão não era novidade para McRay.
— O Dr. James Strange, da Universidade do Sul da Flórida, é especialista nessa área. Ele descreve Nazaré como um lugar muito pequeno, de cerca de 60 acres, com uma população de, no máximo, 480 pessoas no início do século I — disse McRay.
Essa, entretanto, era a conclusão; eu queria a prova.
— Como ele sabe disso? — perguntei.
— Bem, Strange observa que, no ano 70 d.C, data da queda de Jerusalém, não havia mais necessidade de sacerdotes no templo porque ele havia sido destruído; por isso, eles foram enviados para diversos lugares, inclusive para a Galiléia. Os arqueólogos encontraram uma lista em aramaico onde aparecem 24 "séries", ou famílias de sacerdotes remanejados, sendo que um deles consta como enviado a Nazaré. Isso mostra que aquela pequena aldeia já existia naquela época. Além disso, McRay disse que algumas escavações arqueológicas trouxeram à luz sepulturas do século I nas vizinhanças de Nazaré, o que definiria os limites da aldeia, uma vez que, de acordo com as leis judaicas, os sepultamentos tinham de se dar fora do perímetro das cidades. As tumbas continham objetos tais como lâmpadas de cerâmica, vasos de vidro e jarras que seriam dos séculos I, III ou IV. McRay pegou o exemplar de um livro do renomado arqueólogo Jack Finegan, publicado pela Princeton University Press. Folheou-o, depois leu a análise de Finegan: "Conclui-se, pelas sepulturas [...] que Nazaré era um povoado claramente estabelecido no período romano".[iii]
McRay olhou para mim.       
— Há muita discussão acerca da localização de alguns lugares do século I, tal como o local exato da sepultura de Jesus, mas os arqueólogos jamais duvidaram da localização de Nazaré. O ônus da prova cabe aos que duvidam de sua existência.
Fazia sentido. Até Ian Wilson, normalmente muito cético, reconheceu, ao citar vestígios pré-cristãos encontrados em 1955 sob a Igreja da Anunciação, na Nazaré atual, que "tais descobertas eram sinal de que Nazaré deveria existir na época de Jesus, mas sem dúvida devia tratar- se de um lugar muito pequeno e insignificante".[iv]
Tão insignificante que o comentário de Natanael em João 1.46 faz mais sentido agora: "Nazaré? Pode vir alguma coisa boa de lá?".

Entrevista feita por: Lee Strobel.
Entrevistado:
John McRay, Ph.D.
Trecho da entrevista obtido do livro: em Defesa de Cristo – um jornalista e ex-ateu investiga as provas da existência de Cristo.
Editora Vida – Academica.2001.



[i] Frank ZINDLER, Where Jesus never walked, American Atheist, Winter 1996-1997, p. 34.
[ii] Ian WILSON, Jesus: the evidence, 1984; reimpressão, San Francisco,Harper San Francisco, 1988, p. 67.
[iii] Jack FINEGAN, The Archaeology of the New Testament, Princeton, Princeton Univ. Press, 1992, p. 46.
[iv] WILSON, Jesus: the evidence, p. 67.
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